A Rapariga Que Roubava Livros
Título original: The Book Thief (2006)
Autor: Markus Zusak
Editora: Editorial Presença (2008)
Páginas: 463
Sinopse: Molching, um pequeno subúrbio de Munique, durante a Segunda Guerra Mundial. Na Rua Himmel as pessoas vivem sob o peso da suástica e dos bombardeamentos cada vez mais frequentes, mas não deixaram de sonhar. A Morte é a narradora omnipresente e omnisciente e através do seu olhar intemporal, é-nos contada a história da pequena Liesel e dos seus pais adoptivos, Hans, o pintor acordeonista, e Rosa, a mulher com cara de cartão amarrotado, do pequeno Rudy, assim como de outros moradores da Rua Himmel.
Opinião:
O que dizer, o que dizer… há muito que não me sentia tão intimidada com uma review.
Acho que posso começar por confessar que, surpresas de plot à parte, este livro foi exactamente o que eu achava que ia ser – claro que me fiei um bocadinho na minha experiência anterior com o autor e o seu doido I Am the Messenger, mas ainda assim foi extraordinário porque do Zusak eu já só espero pelo inesperado.
The Book Thief é narrado pela Morte, e conta a história de uma menina chamada Liesel, personagem da qual eu gostei bastante. Tudo se passa na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, coisa que provavelmente acobarda potenciais leitores, e coisa que sem dúvida alguma me devia ter acobardado, mas ainda bem que de vez em quando perco a cabeça e tenho uns episódios súbitos de coragem literária porque adorei conhecer todas as personagens envolvidas nesta história (um acontecimento raro) e a verdade é que não foi tão enervante ler um livro dentro do tópico como eu pensei que seria. Isto, até chegar a cerca de 50 páginas do fim, altura em que tudo descamba e eu já só levava as mãos à cabeça.
Realmente não sei mais o que dizer sobre este livro, apenas que é um impressionante trabalho de ficção que se lê como se cada evento tivesse acontecido na realidade, foi como se eu própria tivesse vivido durante três semanas na Rua Himmel, debruçada sobre o peitoril de uma janela a ver a Liesel carregar sacos de roupa para a mama Rosa, o “Jesse Owens” Rudy atrás a implorar um beijo, e o papa Hubermann a enrolar cigarros.
Sim, é um livro trágico, mas ao mesmo tempo cómico, e tão comovente. Recomendo.
Classificação: 8/10
Goodreads ǀ WOOK ǀ Presença ǀ The Book Depository UK ǀ The Book Depository.com
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Leitura conjunta
Filed under: Lidos em 2011, Opinião | 16 Comments
Etiquetas:leitura conjunta, young adult
É tão comovente… Chorei que nem uma madalena, também desesperei na recta final.
Adorei este livro, e não foi nada do que eu esperava (livro passado na WWII narrado… pela morte; protagonista cativante; tom espirituoso da prosa, e ao mesmo tempo duro e heart-breaking), e ao mesmo tempo tudo o que eu esperava (só li por recomendação de uma amiga, por isso esperava gostar)
Tenho cá em casa o I am the Messenger, que ainda não li mas fiquei ainda mais curiosa com a tua review. É sem dúvida um autor a acompanhar.
Ai eu também, aquelas últimas páginas…foi a choradeira 😥
Pelo menos o I Am the Messenger não é para chorar, muito pelo contrário, é bem divertido 😀 vais gostar de certeza
Estou como tu, não sei vem o que dizer na minha opinião e tenho andado a adiar a sua publicação. Não é de todo o livro que estava à espera, mas tão melhor por isso. 😀
Tu só tens de compilar as tuas mini opiniões das 3 partes, e estás pronta! 😀 Eu não sabia mesmo o que dizer. É um daqueles casos: liked it. Ponto final.
Lá está, estou com dificuldade em fazer uma coisa coerente a partir das mini opiniões. Dizer só “gostei muito” não serve para escrever uma opinião… a não ser que eu faça copy-paste de “gostei muito” e repita milhentas vezes na mesma. 😀
Btw, estou com uma vontade tremenda de reler “Os Jogos da Fome” para poder ler os outros dois. Será que te convenço a uma (re)leitura conjunta? Podíamos preparar-nos para o filme… 😀
You can do it!
Ah, reler o primeiro sim, sem dúvida, preparação para o filme 😀 os outros dois é que…quer dizer, eu ainda gostei do segundo, mas enerva-me tanto, o terceiro é que nem pensar!
Lanço o tópico no GR, então? 😉
Já agora podias experimentar ler também os outros, quem sabe não ficas com uma perspectiva diferente da história. 😉 Sei que o último é contraditório e que desapontou muita gente, mas já vi um texto de alguém a interpretar o livro duma maneira que até fez sentido.
Lança! 🙂
O terceiro é terrível! em todos os sentidos, não há releitura que o salve 😮
Tópico lançado. 😉
Lolol, então e uma releitura para poder dizer mal? xD Começas a fazer-me ter algum receio de pegar no livro… 😛 É assim tão mau?
Gostei imenso do livro, embora seja muito triste. É uma autêntica caixinha de surpresas.
Oh sim, é bem triste em algumas partes, e especialmente perto do fim. Foram lágrimas atrás de lágrimas. 😥
E agora que já fiz a minha review, venho comentar 😀
Tens toda a razão, é difícil escrever uma review a este livro, sem ser dizer: gostei 🙂
Oh, se foi! Há livros assim 🙂
I understand you!!!!! This book is my favorite one and I still don’t understand why you didn’t rate it with a big 10! It even deservers more than that. This book is just amazing and I also don’t have words to explain how I love this book. My husband read it and he also fell in love with the story, and he is german haha.
I couldn’t give it higher rating because the last pages broke my heart. 😦 But it’s a great book, without a doubt.
Well, still it was a good book o.o