[OPINIÕES] Edição especial: Romance Contemporâneo

02Jul19

Reading slump BEGONE!!

OPÁ, tive umas férias abençoadas em termos de leituras, foram umas atrás das outras, não para, não respira, acaba um livro, começa outro, repete. Vou aproveitar o bom momento para escrever opiniões e tudo.

Li o dobro do que aqui está mas decidi fazer este post só com os favoritos do romance contemporâneo, género em que andei totalmente submersa nas últimas semanas. Todas estas leituras foram estreias para mim no que diz respeito às autoras.

Cá vai:

The Unhoneymooners de Christina Lauren (publicação Maio 2019) — Uma leitura rápida e muito divertida, baseada no típico enemies-to-lovers que eu AMO. Os protagonistas são a Olive e o Ethan, que não se podem ver à frente e no entanto vão desfrutar de uma lua-de-mel paradisíaca no lugar da irmã gémea da Olive, e do irmão do Ethan, que apanharam uma intoxicação alimentar no próprio copo-de-água.

Diverti-me à grande com estes dois que têm de fingir ser recém-casados por mais razões do que estavam à espera—é o chefe dela, é a ex dele, é o próprio hotel que pode descobrir a fraude—parece uma conspiração para que eles passem o tempo todo juntos. É entretenimento garantido sempre que eles têm de simular ser íntimos, o nível de desconforto combinado com a forte atracção que eles no fundo sentem um pelo outro atinge os píncaros—so much fun.

É quando eles voltam a casa que as coisas ficam subitamente mais sérias, há ali uns momentos mais angustiantes e o meu coração sofreu pela Olive. Tenho pena que o Ethan não tenha POVs (são todos da Olive) porque acho que era importante perceber o que lhe ia na alma, principalmente depois dele ter sido um jackass.

Não posso esquecer as personagens secundárias, a família da Olive é fantástica, adoro como eles são tão unidos, têm zero inibições em grupo, e especialmente como eles cuidam uns dos outros—o problema de um é o problema de todos.

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Fix Her Up de Tessa Bailey (publicação Junho 2019) — Ah, sim, a irmã mais nova que ninguém leva a sério e que é apaixonada desde sempre pelo jeitoso do melhor amigo do irmão, que por sua vez tem uma colecção de mommy&daddy issues por resolver. A certa altura também entra aqui a fake-relationship. Basicamente uma combinação de vários dos meus romance tropes de eleição.

Os protagonistas são a Georgie e o Travis, e eu juro que não estava mesmo a ver como é que isto ia sequer *começar* a acontecer. Ela parece ser a mulher mais intocável do mundo para ele, o que me deixava assim com o coração apertadinho, apertadinho. Até que plot twist! e a Georgie já não é a mulher invisível.

Pontos fortes: toda a luta interior, toda a angústia, todas as tentativas falhadas do Travis de não se envolver com a Georgie, todo o percurso deles. Só fiquei um bocadinho de pé atrás com as cenas steamy porque tirando aquela primeira que me deixou cheia de calores, tudo o resto foi exagerado na minha opinião.

Outro ponto forte desta narrativa são as personagens secundárias. A irmã da Georgie é o meu spirit animal.

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The Bride Test de Helen Hoang (publicação Maio 2019) — Um arranged-marriage dos tempos modernos. Os protagonistas são a Esme e o Khai, ele que é autista e acha-se incapaz de sentir coisas, e ela que aceita ser uma espécie de mail-order bride escolhida pela própria mãe do Khai.

Outra leitura super rápida e que me deixou com aquele sorriso de orelha a orelha. O Khai acredita mesmo ser incapaz de amar e tem todo um conjunto de regras e manias inerentes à sua condição que tornam a relação dele com a Esme em algo extra cativante. Não estou a tentar romantizar o autismo, mas que foi fascinante ver, por exemplo, a maneira como eles ultrapassam a cena dele não lidar muito bem com o contacto físico, lá isso foi.

Aliás, a autora fez questão de dar à Esme uma personalidade completamente sem preconceitos nesse aspecto, de forma que ela trata o Khai da mesma maneira antes e depois de saber do autismo—quando inicialmente ela nem sabe o que isso é. Para ela ele é simplesmente o Khai, e se ele suporta ou não ser tocado assim ou assado ela nem questiona e respeita. Super comovente.

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The Wall of Winnipeg and Me de Mariana Zapata (publicação Fevereiro 2016) — Comecei a ler este num certo dia já passava da meia-noite e só parei sete capítulos depois quando já ouvia os passarinhos chilrear de manhã e os meus olhos davam as últimas. É completamente viciante, page-turner, dormir-é-para-fracos-e-para-quem-não-tem-este-livro-à-frente.

Os protagonistas são a Vanessa e o colosso do Aiden, ele um atleta profissional, e ela a sua personal assistant—até que ela se demite. E o Aiden, que é o gajo mais reservado e imperturbável do Universo, faz-lhe uma proposta totalmente inesperada. AMEI a evolução da relação destes dois, aquilo acontece muuuito devagar, devagarinho, quase parado, e depois lá avança uns milímetros, só para fazer marcha atrás na cena seguinte e só então continuar a avançar, devagar, devagarinho… ao ponto de eu premiar a Vanessa e o Aiden com o troféu SLOWEST SLOW BURN EVER. Entenda-se que não estou a reclamar, porque slow burns são a minha praia. E este foi, sem dúvida, um daqueles casos: quanto mais se prolonga e me faz sofrer, mais eu sei que o desfecho vai ser estrondoso e me deixar de rastos.

Fiquei fã do estilo de escrita da Mariana Zapata, que é capaz de estar a descrever ao pormenor uma cena banal em que a Vanessa está, sei lá, a fazer uma salada de quinoa, e eu ali a ler com o coração aos saltos a desconstruir todo aquele momento para a posteridade. Caiu mesmo nas minhas boas graças. Cinco estrelinhas brilhantes, musculadas, duras, com pêlos no peito e tudo e mais alguma coisa.

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The Hating Game de Sally Thorne (publicação Agosto 2016) — Um enemies-to-lovers office romance e opaaaaá, porque é que ninguém me disse que isto era TÃO bom?? A angústia de saber que a Lucy e o Joshua já andam aí desde 2016 e eu não sabia de nada—o meu coração CHORA.

Mas a sério, ia nem a meio deste livro e não me conseguia lembrar da última vez que uma leitura me tinha feito rir tanto. A Sally Thorne é absolutamente genial a construir diálogos e a descrever até ao pormenor a insanidade que é ter a Lucy e o Josh numa cena juntos. É que eles não dão tréguas, é ataque atrás de ataque, eu ainda estou a tentar processar uma cena e uma porção de diálogo com todos os seus hidden meanings, e eles já estão engalfinhados noutra situação qualquer que requer 200% da minha concentração. É DE LOUCOS.

Adoro a maneira como a Lucy narra e principalmente esmiuça todo o comportamento do Josh, porque para além das observações dela serem hilariantes—porque eles “odeiam-se” não é…—também são essenciais para perceber o Josh e o que ele sente por ela no grande esquema das coisas. Eles são tão tapadinhos, a sério—uma das minhas coisas favoritas é quando a Lucy descreve um Mirror Game entre eles e eu só pensava, ó sua tonta, duas pessoas só se copiam nos gestos dessa maneira quando estão loucamente atraídas uma pela outra, mas naaaãooo, para a Lucy aquilo é só mais uma competição que ela deve ganhar a todo o custo, die, Joshua, die! *facepalm*

Ponto fortíssimo: o slow burn que é totalmente off the charts, agonizante, palpável. Então quando eles se cansam de fingir que se odeiam, salta a tampa da Lucy e dá-se assim uma explosão de dimensão nuclear POOOOF!! Não devo estar a fazer sentido algum mas este livro deixa-me assim. Ele é tão bom, tão bom, mas tão bom, que deixo de fazer sentido. RECOMENDO TANTO. Ainda por cima dos livros que figuram neste post este é o único que está disponível em português, Odeio-te e Amo-te, pela ASA.

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À awesomeness que é este livro acresce o facto de que ele vai ser adaptado ao cinema com a Lucy Hale e o Robbie Amell nos papéis principais. E eles são tão lindos e tão jeitosos, obrigada, casting gods.



3 Responses to “[OPINIÕES] Edição especial: Romance Contemporâneo”

  1. O teu entusiasmo com estas leituras dá memso vontade de pegar em todos eles.

  2. 3 ana

    Adoro os teus posts @Jen7waters!! :3


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