Amores Rebeldes – Wicked Lovely

03Nov10

Autor: Melissa Marr

Editora: Saída de Emergência (2010)

Páginas: 288

Sinopse: Regra número 3 – Não olhar para fadas invisíveis. Desde que nasceu, Aislinn sempre viu fadas. Poderosas e perigosas, elas caminham ocultas entre os mortais. Aislinn tenta passar despercebida pois estes seres não gostam de ser descobertos e costumam castigar com crueldade as pessoas que detectam a sua presença. Regra número 2 – Não falar com fadas invisíveis. Agora as fadas perseguem Aislinn. O rei das fadas Keenan, aterrorizante e sedutor, tenta cativar Aislinn, fazendo perguntas que ela tem medo de responder. Regra número 1 – Nunca chamar a atenção delas. Agora é tarde demais… Keenan, o Rei do Verão anda numa busca incansável pela sua rainha há nove séculos e está determinado a converter Aislinn na sua rainha a qualquer custo. Quando as regras secretas que sempre a tinham protegido deixam de funcionar, de repente está tudo em risco: a sua liberdade; o seu melhor amigo, Seth; a sua vida; tudo.

Opinião:

Amores Rebeldes conta a história de uma rapariga -Aislinn- que possuindo uma visão especial, consegue ver o que o comum dos mortais não consegue: fadas. Elas estão em todo lado, e quando lhes apetece até se tornam visíveis mas por norma não o fazem, deixando-se deambular por aí imperceptíveis, até porque assim podem fazer todo o tipo de travessuras às pessoas que vão a passar na rua—um apalpão aqui, uma rasteira ali, e outras coisas assim. Ora acontece que este mundo das fadas é governado por uma rainha malvada, e a única maneira de acabar com este “reinado de terror” (que ameaça congelar o planeta *ahah*) é se o filho dela, Keenan, encontrar a rapariga certa que, como é fácil de adivinhar, vai ser a Aislinn.

Opinião geral: meh. A narrativa é toda muito parada e angustiante, para além de haver vários momentos que não têm muito cabimento, por exemplo, então a rapariga passa uma vida inteira a gerir-se pelas regras sagradas da avó: Não olhes para as fadas, não fales para as fadas, nem muito menos lhes chames a atenção, e na primeira oportunidade aceita bebida e comida de um deles? A sério? Mas então essa é que é a regra doirada de tudo o que tenha a haver com criaturas encantadas, reinos mágicos e afins – NUNCA, sob circunstância alguma, beber ou comer seja lá o que for que eles ofereçam, ou que pertença simplesmente ao Outro Reino, por mais tentador que seja, por mais fome e sede que se tenha: NUNCA. A avó até pode não lhe ter ensinado, mas diga-se que isto é senso comum… Pior do que isto é que depois do lanche, e de ela naturalmente ter um backout já que, surpresa das surpresas! a bebida tinha qualquer coisa para o efeito (duh), ela acorda no dia seguinte a achar que o faery lhe saltou em cima. Os meus olhos reviraram tanto nesta parte que tenho quase a certeza que vislumbrei o meu cérebro (e ele não parecia nada feliz).

Portanto, como protagonista a Aislinn não me impressionou nada, e isto normalmente é mais de meio caminho andado para um livro não cair nas minhas boas graças; na verdade acho que a vou atirar para o monte das heroínas que mais aborreceram até hoje, já que basicamente ela não faz mais coisa alguma sem ser dar a perceber ao leitor 1) o quanto está aterrorizada com as fadas, e 2) o quão jeitoso é o Seth. E eu não devia mas vou-me atrever a dizer que a Bella do Twilight é bem capaz de ter mais conteúdo, porque esta ao menos estava loucamente apaixonada pelo Edward e por isso era capaz de ir com ele até aos confins do inferno, mas a Aislinn não se compreende… então num parágrafo ela nem quer ver o faery à frente e no próximo está a dizer “sim” ao convite dele para uma festa, e isto para tentar descobrir o que é que ele quer com ela afinal e assim não ter que aborrecer a avó com o assunto e, desgraça das desgraças, tentar que a avó não a proíba de sair de casa? What?

Em termos de personagens o Seth é provavelmente o único que se safa, mas só ligeiramente. A sério que eu podia muito bem juntar as personagens principais—Aislinn, Seth, Keenan, Beira, Donia—e dizer que todas elas roçam a unidimensionalidade e o medíocre, já que delas só fiquei a saber que: a Aislinn gosta do Seth, o Seth retribui, mas não vai ser fácil porque o Keenan, que gosta da Donia e vice-versa, precisa da Aislinn para poder fazer frente à Beira, a vilã da história que eu via sempre na minha cabeça com a exacta imagem e comportamento-caricatura da Cruella de Vil.

Penso que havia potencial, mas que não foi de todo bem aproveitado. Sem dúvida que não volto a esta série.

1star
Goodreads | BookDepo



12 Responses to “Amores Rebeldes – Wicked Lovely”

  1. 1 slayra

    Gostei mais do segundo… penso eu. Mas realmente não são livros assim muito memoráveis. :p

    • Sabes que mesmo não estando a achar piada ao livro ia dizendo para mim própria “vais ler o próximo, que melhora a história, de certeza” mas depois de ler os últimos capítulos perdi a coragem… 😦

      • 3 slayra

        Hmm… não vale a pena, se esperas algum tipo de desenvolvimento na história. O segundo livro não tem nada a ver com o primeiro, se me lembro correctamente, a não ser no tema e no facto da personagem principal conhecer a Aislinn ou algo assim. :p

      • Aaah, então quer dizer que a história da Aislinn passa para segundo plano, mmm…eh…realmente continua a não despertar-me o interesse 😦

      • 5 slayra

        Acho (não tenho a certeza, só li os dois primeiros) que o terceiro livro também é sobre a Aislinn. Mas o segundo é sobre outra rapariga e lembro-me que ela ia fazer uma tatuagem e depois as fadas conseguiam fazer qualquer coisa (ou tinham um poder novo) através da tatuagem… sei que gostei mais do segundo do que do primeiro, mas nenhum deles é assim grande espingarda, quer dizer, não são daqueles livros que queres ler e reler porque a história e personagens te impressionaram particularmente. :p

  2. 6 quigui

    E o livro andava nas bocas do mundo. Até parecia engraçado. Pena 😦

  3. 8 p7

    Não posso discordar dos pontos negativos que apontas… Estava à espera de muito mais da Beira, e durante aquela palhaçada toda da noite em que ela dança com as fadas eu só conseguia pensar na história da Perséfone da mitologia grega… Mas bolas, achei piada ao livro – guilty pleasure, eu sei. 😛 Penso que o enredo podia ter sido melhor construído, que o livro beneficiava muito.

    • Oh sim, a Beira no início até parecia que ia ser uma boa vilã, mas caiu assim um bocadinho no rídiculo x_x aliás, todas as personagens prometem qualquer coisa no início, mas depois não me conseguiram “puxar”. O Seth tinha-se safado se não se saísse com aquela no fim de mostrar a ficha médica à Aislinn, eu fiquei: NAAÃOO :O ele não está a fazer isto…eu percebo a mensagem por de trás do gesto, e é muito importante de facto, mas tirou o romantismo todo à coisa.

      Oh, como eu gostava de ter gostado assim…(ainda por cima as capas são tão bonitas, iam ficar lindamente na estante)

  4. Pensava eu que esta saga ia ser boa, mas depois desta descrição, nem sei se ou quando vou ler (sou teimosa por isso devo dar-lhe uma hipótese, um dia destes …)
    E, realmente, as capas são tão lindas que se a história não valer a pena, até parece pecado. É quase como as de Twilight. Lindas, lindas, mas o conteúdo é … Meh!

    • Oh sim este foi uma desilusão! Provavelmente a desilusão do ano…eu confesso que gosto de ir na conversa das multidões, se tanta gente diz que aquele livro é espectacular, porque razão hei-de duvidar, não é? tantas pessoas não podem estar enganadas. Mas infelizmente para mim estavam neste caso. Claro que esta é só a minha opinião, às tantas até podes gostar Ana, comigo é que não fez click 😦

      Mesmo…e já viste as novas edições da saga do Twilight, com as capas em branco e vermelho? são tão apelativas!

      • Já vi as novas capas e também adorei. E nem sequer têm os títulos é só a imagem, o que s torna ainda mais lindas. Mas não vou comprar só por isso. Pena …


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