Birthmarked

27Jan12
Autor: Caragh M. O’Brien
Série: Birthmarked, #1
Editora: Square Fish (2011; 1ª ed. 2010)
Formato: Paperback
Páginas: 384
Idioma: Inglês

Sinopse: In the future, in a world baked dry by the harsh sun, there are those who live inside the wall and those, like sixteen-year-old midwife, Gaia Stone, who live outside. Gaia has always believed it is her duty, with her mother, to hand over a small quota of babies to the Enclave. But when Gaia’s mother and father are arrested by the very people they so dutifully serve, Gaia is forced to question everything she has been taught to believe. Gaia’s choice is now simple: enter the world of the Enclave to rescue her parents, or die trying.

Opinião:

Birthmarked é uma dystopia, e como é costume no género, o mundo que hoje conhecemos sofreu uma catástrofe natural qualquer em larga escala que mudou radicalmente o modo de vida e a sociedade no geral. No futuro de Caragh M. O’Brien existe *algures* uma cidade fechada por uma muralha, a Enclave, onde vivem os ricos e poderosos com todas as mordomias que se possa imaginar, enquanto que fora da muralha está Wharfton, a terra dos pobres e dos freaks, que tem todo o ar de uma grande aldeia medieval dividida por sectores. Mas acontece que a Enclave precisa do povo de Wharfton porque é deles que exige todos os meses uma quota de bebés saudáveis, se faz favor e obrigada, OR ELSE.

Chocante, eu sei. E a primeira cena do livro introduz este conceito ao leitor como se lhe desse uma bofetada. Gaia, a protagonista, é uma parteira e começa a história a entregar o seu primeiro bebé à Enclave, depois de ser perseguida rua fora pela mãe da criança a suplicar-lhe que lhe devolva a filha.

Mas Gaia só faz o que lhe é imposto, porque se não o fizer também sofre as consequências. De qualquer maneira foi difícil para mim simpatizar totalmente com ela no início por causa disto — ainda por cima porque ela não vê mal nenhum no acto dos bebés serem retirados aos pais biológicos para serem adoptados por gente chique da cidade. Isto tinha que mudar de alguma maneira, afinal não se podia ter uma heroína a fazer cenas tristes destas por aí, mas vai ser preciso acontecer algo à sua própria família para ela abrir os olhos.

Achei toda a história muito bem contada, nota-se que a autora tem talento para a coisa e que não pensou neste mundo futurista em dois dias. Gostei ainda que ela tivesse intercalado ao longo da jornada de Gaia breves recordações da sua infância, que ora tinham um lado fofinho ao demonstrar o afecto dela pelos pais e vice-versa, ora cortavam-me o coração porque ficava a saber como a pequena Gaia, com a sua face queimada, era alvo da crueldade das outras crianças.

Outra coisa da qual gostei bastante foi de todo o mistério em volta do tal código dos pais de Gaia para identificar os bebés — eu ainda tentei decifrar mas não cheguei lá, e até vou deixar aqui um pedacinho para espicaçar a curiosidade:

Quanto ao romance, é coisa escassa em Birthmarked, e para dizer a verdade achei o love interest muito…”pãozinho sem sal” durante grande parte da história, mas verdade seja dita que melhora consideravelmente no último terço do livro, e perto do fim consegue mesmo dar aquele brilho a uma cena. Alerta momento awww.

As páginas finais foram muito tristes, e só espero que a autora resolva esta situação, porque, porque não pode ser… recuso-me a aceitar…

Classificação: 8/10

Goodreads ǀ The Book Depository UK ǀ The Book Depository.com


14 Responses to “Birthmarked”

  1. 1 p7

    E pronto… mais um para a wishlist. Estava a tentar resistir, mas distopias são a modos que um ponto fraco recém-descoberto, por isso… 😀

    Estou é para ver que edição hei de comprar. Tanta capa. 😛

    • A sério? xD ainda não me tinha apercebido, mas ui, ui, tens TANTA distopia por aí 🙂

      Pois, eu comprei esta edição porque adoro a capa, mas agora que quero o segundo JÁ, antes valia ter comprado aquela edição mais sem graça, a terceira ali da imagem, porque já há na mesma edição o segundo livro, enquanto que na minha só deve sair mais para o fim do ano 😦

      • 3 p7

        Precisamente por causa dessa moda é que descobri algumas muito giras… 😀

        Ai, as milhentas edições que os americanos, mais os britânicos, e ocasionalmente os australianos fazem… Grrr é uma trabalheira andar sempre a planear as compras de livros conforme as edições que já sairam ou não. Estou mais inclinada para a das letras, que acho que é a britânica, porque assim não fico à espera…

      • Pois é, é uma canseira psicológica pensar nas edições às vezes *-*

        *sigh* Eu ainda vou pensar se não “estrago” a estética da estante (que coitadinha, já foi lixada tantas vezes) e mando vir o segundo dessa edição das letras…

  2. 5 quigui

    Portanto o livro é bom, não é só capa bonita. *sigh* deixa lá fazer-lhe o upgrade para a wishlist….

  3. Não conhecia o livro mas parece mesmo interessante. Realmente pelo que descreves a protagonista não parece daquelas com as quais é fácil sentir empatia, mas imagino que isso mude ao longo do livro.

    • Sim, no início apetece dar-lhe uns valentes abanões, mas lá no fundo conseguia perceber um bocadinho o lado dela — mesmo sabendo que estava errada. E depois quando vê o que se passa na Enclave, ela muda completamente de atitude. 🙂


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