Obernewtyn e The Farseekers

10Set11
Em português: As Crónicas de Obernewtyn: Elspeth, A Senhora do Pensamento
Autor: Isobelle Carmody
Editora: Random House Books
Publicado: 2008 (1ª ed. 1987)
Páginas: 244
Idioma: Inglês

Sinopse: In a world struggling back from the brink of apocalypse, life is harsh. And for Elspeth Gordie, it is also dangerous. That’s because Elspeth has a secret: she is a Misfit, born with mysterious mental abilities that she must keep hidden under threat of death. And her worries only multiply when she is exiled to the mountain compound known as Obernewtyn, where—for all her talents—Elspeth may finally and truly be out of her depth. Then she learns she’s not the only one concealing secrets at Obernewtyn.

3stars
Goodreads ǀ The Book Depository

* * *

Em português: As Crónicas de Obernewtyn: Elspeth, Os Libertadores do Pensamento
Autor: Isobelle Carmody
Editora: Random House Books
Publicação: 2008 (1ª ed. 1990)
Páginas: 309
Idioma: Inglês
4stars
Goodreads ǀ The Book Depository

Opinião:

Obernewtyn passa-se num futuro pós-apocalíptico, no qual, por consequência de um evento chamado The Great White (o responsável pelo apocalipse), alguns seres humanos nascem com capacidades mentais fora do normal, do género de conseguirem comunicar através do pensamento uns com outros e com animais, entre outros tipos de poderes ainda mais extraordinários, mas este pessoal –Misfits, como são carinhosamente chamados- não têm muita sorte, porque, mesmo não prejudicando seja quem for, são vistos como a escória da sociedade, e quando não são imediatamente sentenciados à morte, são enviados para um lugar remoto e do qual ninguém gosta de pensar ou de ouvir o nome sequer: Obernewtyn. E isto é o que acontece à heroína desta saga, Elspeth. Ela chega a este sítio do mal a pensar que vai encontrar todo o tipo de horrores, mas a realidade é bem diferente. Lá, ela vai-se sentir aceite pela primeira vez na vida, vai fazer amigos – e inimigos também-, e vai-se ver ainda no meio de um esquema que pretende mudar o estatuto daquele lugar de uma prisão, para algo semelhante a uma casa, a um abrigo, para os Misfits.

Passei grande parte da leitura do primeiro livro de sobrolho franzido porque não me conseguia decidir se estava a gostar do que estava a ler ou não. No entanto, uma coisa era certa: não conseguia parar de ler. Tinha que saber o que ia acontecer a seguir à Elspeth, já que a rapariga tem sempre pela frente obstáculo atrás de obstáculo. Eu nem sei como é que aquelas situações menos agradáveis todas cabem num livrinho tão pequeno. Idem para o segundo volume, que mesmo sendo só um bocadinho maior, deve ter cerca do dobro dos acontecimentos. Raios partam, é como se a rapariga não conseguisse andar 20 metros sem que lhe raptem os amigos, ou a tranquem num quarto, ou o céu comece a explodir com uma tempestade de fogo – simplesmente nunca há um momento aborrecido na vida dela.

Gostei muito mais do segundo livro, onde Elspeth e um grupo de Misfits têm de deixar Obernewtyn por uns tempos, para tratar de uns assuntos a sul. A viagem ocupa quase todo o livro, e admirei-me por não me ter aborrecido com ela, uma vez que a minha personagem favorita, Rushton *cue tiny flying hearts*, esteve ausente. Já quase no fim desta jornada, o grupo encontra uma miúda meio selvagem, a quem Elspeth chama de Dragon, e que rapidamente se tornou numa das minhas personagens secundárias favoritas, acredito (espero!) que venha a ser uma pérola em livros futuros. Tão fofinha que ela é!

Esta série é longa, e por isso de certa maneira já esperava que o primeiro livro fosse só um cheirinho do que ainda está para vir. Fiquei radiante por já ter o segundo livro mal terminei o primeiro, porque realmente só este não chega. E fiquei bem admirada quando descobri que havia um intervalo de dois anos entre o final de Obernewtyn e o início de The Farseekers, ainda por cima quando a Elspeth ainda tinha feridas abertas do confronto final do primeiro livro – não percebi muito bem como é que aquilo não sarou entretanto.

Por falar em lapsos temporais, mal quis acreditar quando reparei que a primeira edição do livro #1 saiu em 1987 😮 … tendo em conta que só no fim do presente ano é que vão sair os dois últimos livros da série, nem quero imaginar o sofrimento do pessoal que ficou fã da saga há quase 25 anos, e que ainda está por saber como é que ela acaba. O HORROR.

Isto é um à parte, mas tenho de confessar que acho terríveis quase todos os nomes das personagens de ambos os livros -mesmo o da protagonista enrola-me um bocado na língua, mas não é dos piores- cá vai uma amostra:

Domick, Dameon, Madam Vega, Alexi, Ariel (masculino), Ceirwan, Miryum, Kella, Gilbert, Gilaine, Henry Druid, Lidgebaby, Louis Larkin, Jow, Jes, Jik, Gevan, Garth, Roland, Daffyd, Zarak. Entre outros. O único que se safa completamente é o Rushton.

 



12 Responses to “Obernewtyn e The Farseekers”

  1. 1 Patricia

    Olá 😉
    Já tinha visto estes livros à venda mas não sei porque fiquei sempre com a sensação que não iam ser nada de especial…
    Pode ser que agora arranje uma promoção já com os dois 😀

    • Olá Patricia!
      Sabes que também já cheguei a olhar para estes livros na livraria, e não lhes prestei atenção, acho que foi o gato em grande plano, faz lembrar um livro para crianças ou assim. Depois vi a capa australiana do primeiro livro (http://cache1.bookdepository.com/assets/images/book/large/9780/7653/9780765342676.jpg), e interessou-me. A ironia é que acabei por ter de comprar uma edição com um gato gigante na mesma porque a edição australiana está fora de stock há muito tempo. xD

      Talvez consigas mesmo arranjar! 🙂

      • 3 Patricia

        Oh não é justo, a capa deles é mais gira 😉
        Assim até chama muito mais à atenção

  2. 4 quigui

    Mmm, parecem engraçados. Ponha aí na lista dos livros-que-talvez-um-dia-te-peça-emprestados 😛

    Numa side note, não acho esses nomes assim tão complicados, já li coisas com nomes bem piores (e Ariel já bem sabemos que dá para os 2 lados)

    • Ok, quando quiseres algum, apita. :p

      Não é serem complicados, é serem feios, a sério, fora o Rushton não gosto de nenhum…há uma Erin no segundo livro, e eu gosto bastante desse nome, mas a gaja é uma parvalhona, por isso estragou o efeito do nome bonito. E há um Eammon ainda (ugh) – esqueci-me de por na lista. E há um tipo gigante chamado Brydda! xD

      • 6 quigui

        São nomes de origem gaélica… Eu por acaso até gosto de: Gilaine, Garth e Daffyd

  3. 7 iceanna

    Os livros pos-apocalipticos fazem-me sempre um nó no estômago, mesmo antes de os ler :s
    Mas posso dizer que um dos primeiros livros que li, no 7o ano (when dinosaurs roamed the Earth) tinha uma heroína chamada Elspeth e sempre gostei do nome, que por acaso quer dizer Isabel.

    • A mim também, o conceito enerva-me um bocado, porque pelos vistos num futuro pós-apocalíptico vai-se voltar às ditaduras do tempo medieval “BURN HER! SHE’S A WITCH!!”, mas pronto, havia um gato falante (por telepatia) a ajudar a heroína neste, por isso ela tinha que se safar 😀

      Aww, mas Isabel não enrola nada na língua. Pelo contrário, é bem musical. ❤

  4. 9 p7

    Pensava que era só o nome da heroína que era estranho (Elspeth para uma jovem rapariga não soa nada apelativo), mas afinal são quase todos os personagens… 😛 Até a autora tém um nome fora do normal.

    Já tenho querido ler estes livros, mas lá está… aqueles patetas da Bertrand deixaram de publicar a colecção. 😐 Mas estão no BD a um preço bonito. 🙂 E até gosto das capas que lá estão. 😉

    • Alguém que concorda comigo, finally!

      São muito baratas estas edições que comprei, andam todas à volta dos 4euros e poucos cêntimos, só um dos livros, acho o 6º, é que custa 7euros e tal, não sei porquê…(talvez porque é o mais recente da série).


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